#006: O espírito da homossexualidade

O espírito da homossexualidade é assombroso. Tenebroso. Sombrio. Doentio. Um espírito. Não é sentimento, não é carinho, não é compreensão. Pura, e maligna, atração.
Não produz afeto mútuo, apenas leviandade, sensualidade. É o espírito da homossexualidade.
Eu não entendo. Ontem tive que ouvir uma dessa: “Fulana de tal? Ih! Ela tem o espírito do lesbianismo” (sic). Isso em uma reunião acerca de coisas espirituais, falando sobre a necessidade de visitar uma mocidade enfraquecida, que já não congrega mais. Um irmão ignorante (no sentido de sem conhecimento mesmo) foi quem soltou essa.
Nesses momentos é bom “estar no armário”, não ser assumido. Dá para defender sem acharem que você está tomando partido. Eu não tomo partido. Faço-me de desentendido para os que nada entendem. Defendo o oprimido. O não compreendido. Não fico sentido com a ofensa da ignorância, mas também não dá para deixar passar.
O irmão, na verdade, disse que deveriam visitar a Fulana sim, mas, que ela tinha o espírito da homossexualidade. Ranzinzei: “Se é espírito, então é só orar que expulsa fácil! Claro que não é espírito!”. Mas tive que ouvir, baixinho, do que estava ao meu lado: “Isso daí, é falta de cinta!”
Tudo verdade. É o espírito da homossexualidade.
Só não consigo entender, como posso ter tanta paz com Deus, amá-Lo tão intensamente, senti-Lo e percebê-lo o tempo todo, o dia inteiro (e isso sem exagero). Como posso senti-Lo em meu coração, falo com muita sinceridade, se eu também tenho esse tal espírito da homossexualidade, contrário a qualquer santidade?
Queria que fosse espírito, ou que fosse uma doença, ou safadeza mesmo. Assim teria a certeza de que alguém de mim o expulsaria, ou que a mim me curariam, ou me converteriam, temos dons espirituais com essas funções, bastaria utilizá-los!
Mas nunca vi dom que tire afeto, que mude afeição sincera.

Até Deus não quis expulsar de mim o tal espírito, e não quis me curar. Mas, de tanto para isso eu chorar, Ele me disse somente: “Isso é da minha vontade, e é para a minha glória”. E, outra vez, disse também: “Eu te amo, Eu te amo e Eu te amo, segue-me!”. E, então, Ele me converteu inteiramente.

Ainda tenho o tal “espírito” da homossexualidade, mas junto, em meu coração, uma certeza inteira, completa, da minha conversão e vocação. Eu também sou cristão.
Tags: CCB; gay; homossexual; homoafetivo; cristão; crente; Congregação Cristã no Brasil; LGBT; homo ccb.

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